Conheça a
Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Ocorre quando o sistema imunológico ataca a mielina, camada que recobre e protege as fibras nervosas, provocando inflamação e lesões que comprometem a transmissão dos impulsos nervosos.
A EM pode causar sintomas variados e imprevisíveis, que vão desde fadiga e alterações visuais até dificuldades motoras e cognitivas. Apesar de não ter cura, o tratamento adequado pode reduzir a atividade da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O que é?
A Esclerose Múltipla é caracterizada por surtos de sintomas neurológicos que podem regredir parcial ou totalmente, seguidos de períodos de remissão. Com o tempo, pode haver progressão da incapacidade neurológica.
Existem diferentes formas clínicas, a EM progressiva secundária, que começa como remitente-recorrente, mas evolui para progressão contínua; a EM remitente-recorrente (a mais comum), que ocorre através de crises intercaladas com períodos de melhora e a EM progressiva primária, cujos sintomas evoluem de forma contínua desde o início.
Causas e Fatores de Risco
A causa exata ainda não é totalmente compreendida, mas há fatores envolvidos:
✔️ Autoimunidade – resposta imunológica inadequada contra a própria mielina.
✔️ Genética – histórico familiar aumenta o risco.
✔️ Sexo – mais comum em mulheres.
✔️ Idade – geralmente diagnosticada entre 20 e 40 anos.
✔️ Fatores ambientais – baixa exposição solar, deficiência de vitamina D, tabagismo, infecções virais prévias.
O que mais você precisa saber
O que mais você precisa saber!
🔹 A Esclerose Múltipla não é contagiosa.
O curso da doença é variável: cada paciente apresenta evolução e sintomas diferentes.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar lesões permanentes.
O tratamento moderno oferece opções eficazes para controle da doença.

Sintomas
Sintomas iniciais
- Visão turva ou dupla.
- Dormência ou formigamento em braços e pernas.
- Perda de força muscular.
- Fadiga intensa.
Sintomas intermediários
- Alterações de equilíbrio e coordenação.
- Espasmos musculares.
- Problemas urinários ou intestinais.
- Alterações cognitivas leves (atenção e memória).
Sintomas avançados
- Dificuldade para andar.
- Rigidez e fraqueza muscular significativas.
- Maior comprometimento da cognição e da autonomia.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por um neurologista e inclui:
- Histórico clínico detalhado.
- Ressonância magnética: identifica lesões características no cérebro e na medula.
- Exames de líquor (punção lombar): pesquisa inflamação e anticorpos anormais.
- Potenciais evocados: avaliam a condução dos estímulos nervosos.
Tratamento
Embora não tenha cura, existem tratamentos que controlam a progressão da doença:
Medicação
✔️ Imunomoduladores (interferons, acetato de glatirâmer).
✔️ Terapias modificadoras da doença (fingolimode, natalizumabe, ocrelizumabe e outros).
✔️ Corticosteroides para tratar surtos agudos.
Reabilitação e apoio multidisciplinar
✔️ Fisioterapia para força e mobilidade.
✔️ Fonoaudiologia em casos de dificuldades de fala e deglutição.
✔️ Psicologia e apoio emocional para lidar com a doença crônica.
✔️ Nutrição e orientações de estilo de vida.
Prognóstico
A evolução varia muito entre os pacientes. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível reduzir a frequência dos surtos e a progressão das lesões e muitos pacientes mantêm autonomia e qualidade de vida por muitos anos.
A Esclerose Múltipla é um desafio, mas não define quem você é. Com acompanhamento especializado e tratamento contínuo, é possível viver com qualidade e superar as limitações impostas pela doença.
