Conheça a
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica rara e progressiva que afeta os neurônios motores — células responsáveis por controlar os músculos voluntários. À medida que esses neurônios degeneram, o paciente passa a ter fraqueza muscular progressiva, dificuldade para falar, engolir e, em estágios avançados, para respirar.
Embora não tenha cura, existem tratamentos que ajudam a retardar a progressão da doença e a melhorar a qualidade de vida do paciente. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para oferecer suporte tanto ao paciente quanto à família.
O que é?
A ELA é uma doença neurodegenerativa que compromete os Neurônios motores superiores (no cérebro) e os Neurônios motores inferiores (na medula espinhal). Com isso, ocorre perda progressiva da força e da coordenação muscular, sem afetar, na maioria dos casos, a cognição do paciente.
A doença também é conhecida como “Doença de Lou Gehrig”, em referência ao famoso jogador de beisebol diagnosticado com a condição.
Causas e Fatores de Risco
A causa exata da ELA ainda não é totalmente conhecida, mas existem fatores associados:
✔️ Genética – 5 a 10% dos casos têm origem familiar.
✔️ Mutação em genes específicos – como SOD1, C9orf72, FUS, entre outros.
✔️ Idade – mais comum entre 40 e 70 anos.
✔️ Sexo – ligeiramente mais frequente em homens.
✔️ Fatores ambientais – exposição a toxinas, traumatismos repetitivos, entre outros (ainda em estudo).
O que mais você precisa saber
O que mais você precisa saber!
A ELA não compromete diretamente a sensibilidade, a visão ou a audição.
Em muitos casos, as funções cognitivas permanecem preservadas.
É uma doença progressiva, mas a velocidade da evolução varia de pessoa para pessoa.
O suporte médico, psicológico e familiar é fundamental para a adaptação ao diagnóstico.

Sintomas
Sintomas iniciais
- Fraqueza muscular localizada (em um braço ou perna).
- Câimbras e espasmos musculares.
- Dificuldade em realizar tarefas simples (subir escadas, segurar objetos).
Sintomas intermediários
- Dificuldade para falar claramente (disartria).
- Problemas para engolir (disfagia).
- Perda de peso não intencional.
- Espasticidade (rigidez muscular).
Sintomas avançados
- Dificuldade respiratória.
- Imobilidade progressiva.
- Necessidade de suporte ventilatório.
Diagnóstico
O diagnóstico da ELA é clínico e envolve a exclusão de outras doenças neuromusculares:
- Avaliação neurológica detalhada.
- Eletromiografia (EMG): detecta alterações na atividade elétrica dos músculos.
- Ressonância magnética: ajuda a descartar outras condições.
- Exames laboratoriais e genéticos (em alguns casos).
Tratamento
Embora a ELA não tenha cura, existem estratégias que melhoram a sobrevida e a qualidade de vida:
Medicação
✔️ Riluzol – único fármaco aprovado que pode retardar a progressão da doença.
✔️ Edaravona – disponível em alguns países, auxilia na redução do estresse oxidativo.
Apoio multidisciplinar
✔️ Fisioterapia para manter a mobilidade e reduzir rigidez.
✔️ Fonoaudiologia para auxiliar na fala e deglutição.
✔️ Nutrição para evitar perda de peso e desnutrição.
✔️ Psicologia para apoio emocional do paciente e família.
✔️ Ventilação não invasiva em estágios avançados.
Prognóstico
O diagnóstico precoce e o acompanhamento especializado são fundamentais para preservar a autonomia e oferecer qualidade de vida. A ELA é progressiva, mas a evolução varia e a maioria dos pacientes vive de 2 a 5 anos após o início dos sintomas, embora alguns tenham sobrevida mais longa.
A Esclerose Lateral Amiotrófica é um grande desafio, mas o cuidado próximo, humano e multidisciplinar ajuda a enfrentar cada etapa com dignidade, conforto e apoio.
