O que é a
Epilepsia?
A epilepsia é um transtorno neurológico crônico caracterizado pela predisposição do cérebro em gerar descargas elétricas anormais e recorrentes, que resultam em crises epilépticas. Essas crises podem variar de breves lapsos de atenção e contrações musculares até convulsões generalizadas com perda de consciência.
Trata-se de uma das condições neurológicas mais comuns em todo o mundo, afetando pessoas de todas as idades, mas é mais frequentemente diagnosticada na infância ou após os 60 anos.
O que é?
A epilepsia é um distúrbio do sistema nervoso central em que a atividade cerebral se torna excessiva e desorganizada, levando a crises súbitas e imprevisíveis.
As crises podem ser focais, quando começam em uma região específica do cérebro, ou generalizadas, quando afetam ambos os hemisférios desde o início.
Nem toda convulsão significa epilepsia, pois a condição é diagnosticada quando há recorrência de crises não provocadas.
Causas
As causas da epilepsia variam conforme a idade do paciente e muitas vezes não são totalmente identificadas. Podem incluir:
✔️ Causas desconhecidas (idiopáticas): em muitos casos, não se encontra uma causa definida.
✔️ Alterações estruturais no cérebro: lesões causadas por traumatismos cranianos, AVC, tumores ou malformações.
✔️ Fatores genéticos: algumas formas de epilepsia têm predisposição hereditária.
✔️ Infecções do sistema nervoso central: como meningite, encefalite ou neurocisticercose.
✔️ Distúrbios metabólicos: alterações químicas que afetam a atividade cerebral.
O que mais você precisa saber
Outros aspectos importantes
A epilepsia não é contagiosa.
Não é um transtorno psiquiátrico, embora possa coexistir com ansiedade ou depressão.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de controle das crises.
Muitos pacientes podem levar uma vida ativa e produtiva, desde que sigam o tratamento.

Os sintomas da epilepsia são divididos em motores e não motores.
Sintomas
Sintomas principais (durante as crises)
Convulsões generalizadas: perda de consciência, quedas, movimentos bruscos e involuntários.
Crises de ausência: olhar fixo e breve desconexão da realidade.
Crises focais: podem causar movimentos repetitivos, sensações estranhas, alterações visuais, auditivas ou emocionais.
Confusão temporária após as crises.
Sintomas associados
Alterações de memória.
Ansiedade e depressão.
Dificuldades de aprendizagem em crianças.
Fadiga, muitas vezes decorrente do uso de medicamentos ou da própria condição.
Diagnóstico
O diagnóstico da epilepsia é feito por um neurologista e inclui:

Histórico clínico detalhado: relato das crises e possíveis fatores desencadeantes.

Eletroencefalograma (EEG): registra a atividade elétrica cerebral e pode mostrar descargas epileptiformes.

Exame neurológico: para avaliar reflexos, coordenação e funções cognitivas.

Exames de imagem: como ressonância magnética, para investigar lesões ou alterações estruturais no cérebro.
Atualmente, não há exames laboratoriais ou de imagem que confirmem a doença, mas exames como ressonância magnética podem ajudar a descartar outras causas.
Tratamento
A epilepsia pode ser controlada em grande parte dos casos. O tratamento inclui:
Apoio psicológico e social
✔️ Para lidar com o impacto emocional e social da doença.
Medicação anticonvulsivante
✔️ Fármacos como carbamazepina, ácido valpróico, lamotrigina e levetiracetam ajudam a reduzir ou controlar as crises.
Cirurgia
✔️ Pode ser indicada quando as crises não respondem aos medicamentos e têm origem em uma área específica do cérebro.
Estimulação do nervo vago ou cerebral profunda
✔️ Técnicas que ajudam a controlar crises em pacientes refratários.
Mudanças no estilo de vida
✔️ Sono regular, evitar álcool em excesso, reduzir estresse e seguir rigorosamente o uso da medicação.
Dieta cetogênica
✔️ Em alguns casos, especialmente em crianças, pode ajudar a reduzir crises.
Prognóstico
A maioria dos pacientes com epilepsia tem controle satisfatório das crises com tratamento adequado. Aproximadamente 70% dos casos podem ficar livres de crises com medicação e em alguns casos, é possível suspender os medicamentos após anos sem crises, sob supervisão médica.
O impacto da doença varia muito: alguns vivem praticamente sem limitações, enquanto outros enfrentam crises resistentes ao tratamento. Pesquisas continuam em busca de novas terapias e formas de prevenção.
