O que é a
Cefaleia e enxaqueca
A cefaleia (dor de cabeça) é uma das queixas mais comuns em consultórios médicos e pode ter diferentes causas e intensidades. Entre os tipos mais frequentes, destaca-se a enxaqueca, uma forma de cefaleia crônica e recorrente que pode comprometer de forma significativa a qualidade de vida do paciente.
Embora muitas vezes seja banalizada, a cefaleia pode indicar doenças neurológicas ou sistêmicas e deve ser avaliada com atenção, especialmente quando recorrente ou acompanhada de outros sintomas.
O que é?
A cefaleia é caracterizada por dor localizada ou difusa na região da cabeça. Pode ser episódica ou crônica, variando de leve a incapacitante.
A enxaqueca é um tipo específico de cefaleia primária, de origem neurológica, caracterizada por crises recorrentes de dor moderada a intensa, geralmente pulsátil, acompanhada de sintomas como náuseas, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia).
Existem diferentes tipos de enxaqueca:
Com aura: precedida de sintomas neurológicos como alterações visuais, sensoriais ou da fala.
Sem aura (mais comum): dor de cabeça isolada, com sintomas clássicos.
Causas
As causas da cefaleia e enxaqueca podem variar, e em muitos casos envolvem múltiplos fatores:
✔️ Genética – tendência familiar para enxaqueca.
✔️ Fatores ambientais – estresse, falta de sono, exposição a luzes fortes, odores ou ruídos intensos.
✔️ Alimentação – ingestão de cafeína em excesso, álcool, jejum prolongado, alimentos industrializados e queijos maturados.
✔️ Alterações hormonais – comuns em mulheres, especialmente durante menstruação, gestação ou menopausa.
✔️ Doenças associadas – hipertensão, problemas cervicais, distúrbios do sono, entre outros.
O que mais você precisa saber
Outros aspectos importantes
Nem toda dor de cabeça é enxaqueca.
A enxaqueca não é contagiosa e não significa “fraqueza”.
Pode estar associada a ansiedade, depressão e insônia.
O diagnóstico correto é essencial para diferenciar cefaleias primárias (como enxaqueca e tensional) das secundárias (que podem indicar condições graves, como aneurismas ou tumores).

Os sintomas da doença de Parkinson são divididos em motores e não motores.
Sintomas
Sintomas principais (durante a crise de enxaqueca)
- Dor pulsátil, geralmente de um lado da cabeça.
- Intensidade moderada a forte, piorando com esforço físico.
- Náuseas e, em alguns casos, vômitos.
- Fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (sensibilidade ao som).
- Em enxaqueca com aura: visão turva, pontos luminosos, formigamentos, dificuldade para falar.
Sintomas associados
- Irritabilidade e alterações de humor.
- Dificuldade de concentração.
- Fadiga, muitas vezes após o término da crise.
- Distúrbios do sono.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, feito pelo neurologista, com base no histórico detalhado do paciente e nos critérios internacionais para enxaqueca. Exames complementares podem ser solicitados em casos específicos, para descartar causas secundárias:
Exames laboratoriais são indicados para investigar doenças associadas, como a Ressonância magnética ou tomografia de crânio.
Tratamento
O tratamento da cefaleia e enxaqueca envolve controle das crises e prevenção de novos episódios:
Medicação
✔️ Analgésicos e anti-inflamatórios para crises leves e moderadas.
✔️ Triptanos e outros medicamentos específicos para crises de enxaqueca.
✔️ Preventivos (antidepressivos, anticonvulsivantes, betabloqueadores) em casos de crises frequentes.
Apoio psicológico e mudanças de estilo de vida
✔️ Identificar e evitar gatilhos (alimentação, estresse, privação de sono).
✔️ Manter rotina de sono regular.
✔️ Praticar atividade física regularmente.
✔️ Técnicas de relaxamento, meditação ou psicoterapia.
Procedimentos adicionais
✔️ Aplicação de toxina botulínica em casos de enxaqueca crônica.
✔️ Bloqueios anestésicos em nervos específicos.
✔️ Novas terapias com anticorpos monoclonais (anti-CGRP).
Prognóstico
Com acompanhamento adequado, a maioria dos pacientes apresenta melhora significativa na frequência e intensidade das crises.
O controle eficaz da doença permite ao paciente levar uma vida ativa e produtiva e cerca de 70% a 80% dos pacientes têm boa resposta ao tratamento preventivo.
A enxaqueca tende a ser mais comum em mulheres jovens, mas pode melhorar após a menopausa.
A dor de cabeça não deve ser banalizada. Procure um neurologista para avaliação adequada. O diagnóstico precoce e o tratamento personalizado aumentam as chances de controle e melhor qualidade de vida.
